terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Estável Temática Instável


Sofro diante da duvida, de qual caminho seguir, meu eixo temático, se quebrou, encontra-se travado, não se move, não possui as mesmas cores, formas, cheiros e sentidos, que colecionei, durante anos de espera.
Tentei sim, buscar novas experiências, e mergulhei em mundos imundos, fui diversas e vazias e variadas almas, mas não fui a lugar algum.
Continuar com o escrotos e sem perspectiva seria o melhor a se fazer agora?
A insatisfação crônica, corre lentamente nas minhas sinapses neurais, quanto mais me conheço, mais perto estou de uma inexistente verdade, queria simplesmente ser amiga da felicidade, melhor do que flertá-la sem esperanças. Devo continuar? São estas as perguntas que tentam me calar a todo momento.
Se a vida não precisasse de tantas respostas, seria menos complexa? Ou não seria a vida?
Não posso me permitir ser a tristeza poente das vidas alheias, e bem menos disfarçar a pouca fé que ainda tenho. Já desperdicei o começo dessa vida, seria proveitoso fazer o mesmo ao fim?
Ou seria imprudência não fazê-lo?
Amar, brigar, me afastar, amar ainda mais, odiar a todos, sim esta é face exposta do meu eixo temático emperrado.
A outra está escondida na escuridão, atrofiada, usada apenas num distante passado, onde tudo era grande para as pequenas mãos, a inocência gritava ensurdecendo os grandes sonhos daquela pequenez. Quem sabe o eixo ainda gire a tempo de aproveitar todas as matizes futuras.
Prefiro ele completo ou inexistente, o meio termo não me possui.
Mas é certo que quero girar junto a ele, sim ou não, gire ou pare, ou talvez que ele nem exista, o meio termo não quero!

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