terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Prefácio [Ou prólogo de uma amizade passada]



Com dias cada vez mais certos

e insanos,
dou a ti esta obra,
a quem tocou com o fogo,
queimo com a palavra,
amiga lúcida, platónica,
Porém profundamente reciproca.
Alvo das minhas angustias
ombro para meus pesados pensamentos.


Te conheci em um intervalo,
onde o tempo era mais vagabundo
e parou em eternas lembranças embriagadas,
com abraços consolidadores de
bobagens introspectivas.

Como eu queria
me livrar desses contextos provadores.
abrir uma nova vida,
como se abre um livro,
prefácio fácil,
um texto limpo
com temas obsoletos.

Duelo com minhas mazelas
mais deploráveis,
tento encontrar o auge do sarcasmo.
e com um contentamento transcendente,
a todo auge se segue um fim mediócre e definhante.

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